sexta-feira, 3 de julho de 2015

POST DUPLO - Pesquisadores confirmam que Minas Gerais já teve mar / Somos o país que possui mais dias de férias no mundo

E agora,no último post de hoje,aquele momento em que temos duas notícias diferentes,o post duplo da semana.

Pesquisadores confirmam que Minas Gerais já teve mar

Se você é de Minas Gerais e curte uma praia, sabe muito bem a falta que faz um pedacinho mais próximo do oceano. Porém, você sabia que esse estado brasileiro já teve mar um dia? É claro que isso faz milhões de anos, mas os pesquisadores concluíram a existência de fósseis marinhos recentemente nesse estado.
Segundo informações da Agência Fapesp, uma equipe formada por geólogos e paleontólogos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) encontrou um tipo de fóssil especial nos arredores da cidade mineira de Januária, que fica localizada na margem esquerda do Rio São Francisco.
A região, rica em cachoeiras e grutas calcárias, abriga vestígios de um passado muito remoto, que também foi marcado por uma relação íntima com as águas. O fóssil que foi encontrado nesse local contém diminutos fragmentos de animais marinhos do gênero Cloudina — seres de formato tubular, que são compostos por uma sucessão de cones calcários encaixados uns sobre os outros.
E quando o mar existiu?
Bem, a época que existiu mar em Minas Gerais foi a tanto tempo que não havia ainda nenhum indício de seres humanos na região, nem de plantas, muito menos de mineirinhos ou pão de queijo. De acordo com os dados da pesquisa, os fósseis encontrados viveram no planeta Terra por volta de 550 milhões de anos atrás — do período Ediacarano da era Neoproterozóica.
A equipe encontrou os restos fossilizados desses animais marinhos incrustados em um paredão e em outras rochas da Formação Sete Lagoas, que faz parte do Grupo Bambuí.
Essa unidade sedimentar da bacia sanfranciscana se espalha por aproximadamente 300 mil quilômetros quadrados e compreende vastas porções de Minas Gerais e da Bahia, além de se estender para os estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Mas, você deve estar se perguntando como o mar foi parar ali, não é?
Bem, nesse período, o mundo era formado por continentes totalmente diferentes do que temos hoje e o supercontinente de Gondwana era um deles. Ele era composto pela América do Sul, África e Antártida, todos juntos. E os pesquisadores acreditam que o braço de mar que existiu em Minas tenha derivado de um oceano batizado de Clymene, que separava o Gondwana da atual Amazônia.
Por isso, esses fósseis formam uma prova praticamente irrefutável de que um braço de mar raso, com no máximo 10 metros de profundidade, cobria essa parte do Brasil.
“Essa deve ter sido a última praia que Minas Gerais teve”, comentou o geólogo Lucas Warren, hoje professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) de Rio Claro, da Unesp, mas que fazia pós-doutorado na USP, com bolsa da FAPESP, quando a descoberta foi feita, no ano passado.
Segundo informações da Fapesp, o pesquisador é o autor principal de um artigo na edição de maio da revista científica Geology sobre a descoberta dos fósseis em Januária. Para identificá-los, o pesquisador contou ainda com a colaboração de Fernanda Quaglio, especialista em paleobiogeografia.
Outros fragmentos importantes
Mas,não foi somente os fósseis do gênero Cloudina que foram encontrados na região mineira. Os pesquisadores também encontraram três fragmentos atribuídos ao gênero Corumbella e ainda rastros em rochas deixados provavelmente por um animal de corpo mole.
De acordo com o estudo, as corumbellas também eram dotadas de um possível esqueleto e dividam o mesmo ambiente marinho com as cloudinas. A pesquisa em Januária ainda contou com a colaboração do geólogo Nicolás Strikis, doutorando da USP, também autor do artigo, e um biólogo da cidade mineira de Hamilton dos Reis Salles.
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Somos o país que possui mais dias de férias no mundo

O Brasil é o único país no mundo que permite descanso de 30 dias, isso de acordo com o um levantamento realizado por Hotels.com (sim, o site!). O intuito desse levantamento é servir de base a uma petição destinada à Casa Branca e ao Congresso norte-americano. Por incrível que pareça, os EUA não possuem uma legislação que obrigue as empresas a cederem férias remuneradas aos seus funcionários.
Todo esse esforço é, em parte, uma maneira barata de fazer publicidade e, quem sabe, conseguir uma lista enorme de emails que serão usados para – spam – promoções enviadas pelo site. No entanto, é interessante notar que se trata de uma forma diferente de fazer lobby, sem que seja necessário o dispêndio de grandes somas de dinheiro para levantar um debate no governo. Grandes empresas fazem isso para defender seus interesses comerciais.
Nesse caso, a Hotels.com está defendendo um discurso que interessa boa parte da força trabalhadora. Mas, por trás de toda essa boa intenção, a empresa quer mesmo é alavancar seus próprios negócios – férias significam viagens, que por sua vez requerem hospedagens por preços “camaradas”. Partindo dessa lógica básica (pelo menos do ponto de vista da empresa), nada mais justo do que fazer uma comparação com outras nações.
Campanhas à parte, essa petição levanta uma questão interessante, em que o brasileiro sai vitorioso na lista com o maior número de dias para descansar, e não é só isso! De acordo com uma pesquisa global realizada pela consultoria Robert Half, que entrevistou diretores de Recursos Humanos brasileiros, 29% disseram que os profissionais demoram entre três a quatro dias para voltarem ao padrão habitual de trabalho após as férias e 11% dos colaboradores precisam de até uma semana!
Comparados à média mundial, os brasileiros são os que mais demoram para se readaptar as rotinas de trabalho. Contudo, a pesquisa não mostra se isso é resultado do maior período de paralisação do trabalhador. Seja como for, e dada a posição do Brasil na economia mundial, é importante para a Hotels.com que o governo americano não coloque as mãos no resultado dessa pesquisa.

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